sábado, 25 de dezembro de 2010

NATAL TEMPO DE LIXO E DESPERDÍCIO

E após o Natal histórico, eis o Natal pragmático.

Todos os anos deitamos no lixo 25 milhões de toneladas de alimentos comestíveis.

Um total que corresponde à metade das importações de alimentos da África. Cerca de 18 milhões de toneladas são deitadas a partir de casas particulares, lojas, restaurantes, hotéis e empresas de alimentos.

O restante é destruído no caminho entre o produtor e as lojas. E isso tem um custo: cerca de 37 biliões de Euros, para não mencionar o desperdício dos recursos e dos danos ambientais.

Um verdadeiro murro na cara da miséria, e que ao longo dos 15 dias de festividades irá tocar o seu pico.
Em Italia, por exemplo, entre almoços de Natal e de Ano Novo, sem esquecer o Dia de Reis, vão acabar no lixo mais de 500.000 toneladas de alimentos, cerca de 25 por cento da despesa total em alimentos na altura natalícia.
Na prática, por cada 4 pizzas, uma acaba no lixo.

Desaparecem assim 1,5 biliões de Euros, quase 80 € por família.
Multipliquem estes dados pelos Países "desenvolvidos". Assustador, não é? Não é apenas assustador: é uma vergonha.

A Cia, Confederação agricultores italianos, conduziu uma pesquisa, na qual podemos observar como os produtos mais desperdiçados sejam o pão, fruta e vegetais (cerca de 40% do total), leite, queijos, carne.

O maior desperdício terá lugar nos dias de Natal (24, 25 e 26 de Dezembro), quando as famílias italianas deitarão para o lixo um bilião de Euros, mais de 50 € por cada família.

Entre 31 de Dezembro e 6 de Janeiro, no lixo acabarão mais de 165 mil toneladas de comida, o que fornece um valor em dinheiro de 30 € para família.

Isso significa que cerca de um terço dos pratos preparados terá como destino final o caixote do lixo: cada 3 pizzas, uma para o lixo.

E não podemos esquecer a comida fora do prazo, a que nem chaga até a nossa mesa pois é eliminada directamente a partir das lojas.

Em particular, no período de Natal, as famílias costumam deitar fora produtos lácteos, ovos, carne (39%), pão (19%), fruta e vegetais (17 per cento), massa ( 4 %). Pelo contrário, poucos os bolos: 2-3%).

Tudo isso tem também custos ambientais: uma tonelada de comida deitada no lixo significa 4,2 toneladas de CO2 gerada.

Esta a situação em Italia. Mas qual o País que gasta mais?

Fácil imaginar: os Estados Unidos deitam fora 40 por cento dos produtos alimentares;  a Suécia 25 por cento, 16 por cento a China.
Na Grã-Bretanha são deitados, a cada ano, 6,7 milhões de toneladas de alimentos.

E a coisa pior é que está tendência não parece melhorar, bem pelo contrário: a partir de 1974, o desperdício alimentar aumentou 50 por cento e, infelizmente, continua a crescer.

Fonte: Trend on Line

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Todos os dias vão para o lixo 35 mil refeições.


Cerca de 35 mil refeições são deitadas fora todos os dias, tudo porque não existe uma rede eficaz de recolha e redistribuição das mesmas. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) reconheceu ao CM que 7% das 500 mil refeições confeccionadas diariamente vão parar ao lixo, ou seja, 12,775 milhões por ano. Para inverter a situação, há um projecto para criar um sistema nacional que permita um melhor aproveitamento.

  • 17 Novembro 2010

Por:André Pereira / C.S.

Segundo José Manuel Esteves, secretário-geral da AHRESP, o problema "decorre da lei que é taxativa e impede o aproveitamento das refeições". Em causa estão as refeições produzidas todos os dias para as cantinas e refeitórios de hospitais, sistemas prisionais, escolas, universidades e outra restauração colectiva. "Mesmo assim, não é um grande desperdício. Todos os dias são confeccionadas cerca de 500 mil refeições", refere.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) refere, porém, que não há lei nenhuma que impeça os restaurantes de aproveitarem os excedentes alimentares e entregá-los às pessoas mais carenciadas. "Se essa distribuição implicar o transporte das refeições, então devem ser asseguradas as condições ideais através de viaturas preparadas para o quente ou frio", explicou fonte da autoridade.

Conscientes de que as dificuldades são cada vez maiores, a AHRESP e ASAE têm reunido para criar uma rede que responda às necessidades crescentes das pessoas. "Não há recolha, distribuição, nem uma rede eficaz. Queremos um sistema nacional com os parceiros da sociedade civil, os produtores, distribuidores e restauração", garante José Manuel Esteves.
Desperdício que pode alimentar muitas famílias. Que o diga José Domingos, de 49 anos, desempregado. Recebe 189 euros de subsídio de Reinserção Social, mas paga 160 euros de renda. "Dizem que sou velho aos 49 anos", lamenta este motorista de ligeiros, ex-emigrante, que queria ir para taxista, mas não tem dinheiro para o certificado.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SOPA QUENTE CONTRA O ORÇAMENTO GELADO



A sopa é o refeição principal do C.B.N. , rapida, simples, nutritiva e facil de preparar. Faz parte de qual que tipo de dieta alimentar mundial. Por isso vamos deixar aqui umas dicas de como preparar uma.


Ingredientes:

.Qual quer tipo de legumes que consigas reciclar (excepto alface) - quantidade relativa.
.1 fio de Azeite
.Sal - q.b.
. Ervas aromáticas (salsa, coentros, manjericão, cebolinho, poejo, etc)
.Água - quantidade relativa
.Especiarias (opcional)
.massa, arroz, feijão, grão de bico, lentilhas, revinhas(opcional)

As sopas tradicionais (chamadas enfarta brutos) são ricas em nutrientes de peso, compostas por uma base de legumes(cenoura, batata, cebola, abóbora, alho, nabo, chu-chu, pimento, alho francês, courgette) tudo bem triturado depois de cozido, ou em corte Juliana( ralados ou em tiras finas), ou jardineira(corte em cubos pequenos) com agua ate cobrir os legumes e sal q.b. Os talos dos legumes com folha(couves, nabiça, espinafres, etc) também podem ser utilizados na base, basta tirar a parte mais rija da pele. Depois da base preparada juntar o fio de azeite e deixar ferver e ai juntar as folhas, feijão ou grao ou lentilhas ou ervilhas, massa ou arroz. deixar cozer, adicionar ervas aromáticas ou especiarias retirar do lume e deixar apurar a sopa e servir quente.

" A COMIDA NÃO É UM PRIVILÉGIO, MAS SIM UM DIREITO!"


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

COMIDA, BOMBAS NÃO!

 Dia 17(domingo) pelas 12h Largo do mercado 1ª de Maio (estatua) Parque Catarina Eufemia - BARREIRO

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

2º Food, not bombs

Durante a semana que passou o que conseguimos adquirir, foi distribuído mais uma vez perto da estátua Alfredo da Silva no Barreiro.Tivemos as nossas sopas e ainda conseguimos fruta, cebolas e arroz para dar...Decidimos desta vez entre nós juntar uns trocos e comprar pão para que houvesse umas sandes a mistura :)
Mais uma vez correu bem apesar da chuva que decidia aparecer de hora em hora.
Temos tido pessoas a aderir ao aquecimento gratuito do estômago e deixo aqui o meu agradecimento aos braços diferentes que têm aparecido para ajudar...
A todos os que tiverem interessados neste movimento contactem-nos pelo email: comidabombasnaopt@gmail.com ou através deste blog...

É que apesar de estarmos a ajudar quem mais precisa acreditem que por experiência própria digo que, a mim tudo isto preenche-me e sou paga de uma forma rara.
Esta semana tivemos direito a um poema, como podem ver na foto, foi escrito pelo Sr que está logo a seguir...Estas coisas não têm preço...







Quero agradeçer a uma pessoa em especial, a ti te agradeço o empurrão e a amizade :) Nuno (Rafeiro)
Vânia Caldeira
Fotografia Pedro Sanches

terça-feira, 5 de outubro de 2010

comida bombas nao no blog arferlandia

A SOPA
Esta sopa é acessível a todos e benéfica, tanto no que diz respeito ao Físico, mas também pela “mensagem” que nos traz.

No BARREIRO há jovens que pensam no “OUTRO”

Não se trata da sopa do “Sidónio” nem da dos “Pobres” do “António”, nem se trata, tão pouco, dos restos do “Rancho” que se distribuía à porta dos quartéis ,esperamos não chegar a tanto no futuro, mesmo que longínquo.

Este grupo de JOVENS BARREIRENSES (“COMIDA SIM, BOMBAS NÃO”) dá-nos mostra da importância da sopa enquanto alimento quase completo (diz o povo) e de fácil digestão, em comparação com as balas e bombas de ingestão rápida e morte súbita ou a prazo.

Se uma granada de mão equivalerá, no custo, a umas trezentas sopas, um míssil balístico daria para produzir uns milhões de pratos a transbordar deste suculento bem alimentar.

Agora, pensando em “MACRO” já que o “MICRO” foi atrás descrito, pensem bem, agora, da importância desta iniciativa de voluntariado puro, no seu significado e na mensagem que ela nos traz,

Pensem !!! : 10% dos gastos mundiais em bombas, material bélico e quejandos dariam, decerto, para alimentar os muitos milhões de cidadãos que neste MUNDO passam fome e comeriam uma SOPINHA, de boa vontade e em PAZ.

ARFER

http://arferlandia.blogspot.com/2010/10/sopa.html

domingo, 3 de outubro de 2010

1º Food, not Bombs no Barreiro

Desde já agradeço a todos os que estiveram presentes, aos que ajudaram o meu obrigado, malta de Lisboa, Moita e Barreiro.Obrigado



A nosso primeira iniciativa correu bem, existiu adesão às sopas houve troca de gestos e palavras que a mim me aqueceram o coração...
Não sabia o que me esperava, fui sem experiência e vim cheia de emoções...
Vamos continuar...

COMIDA BOMBAS NÃO!

O QUE É? COMO COMEÇAR.

“A melhor arma para combater a crise, o desemprego, a pobreza, a fome, a discriminação, a exclusão social é a solidariedade!
A solidariedade não se faz com guerras, sangue, inveja, ganância, preconceito, violência, mas sim com palavras, acções, compaixão, paz, conforto, comida.”


“Comida, Bombas Não!" é algo entre uma estratégia e uma organização a idéia básica é que as pessoas se reúnam em público com certa regularidade para cozinhar e compartilhar comida, de graça.        
O conceito por trás do Comida, Bombas Não! é tão simples que tu podes começar um sozinho mesmo sem nunca ter visto um na vida, se não há um na tua cidade, é hora de começares um.

Ingredientes
Eis algumas coisas que precisas para começar um Comida, Bombas Não.
Compreender e concordar com os três princípios (Consenso, Não violencia e Vegetarianismo)
Um local e um horário para cozinhar
Um local e um horário para servir
Um grupo fixo de voluntários
Transporte (carrinha, carro, transportes publicos, bicicleta
Um conjunto  de panelas grandes
Taparueres, termos, ou panelas para servir a comida
Utensílios de cozinha, pratos, tijelas, talheres
Alguns ingredientes para o preparo e tempero
Comida Vegetariana
Banca (mesa

E eis aqui algumas coisas que não precisas para começar um.
Grandes habilidades culinárias
Dinheiro (pelo menos não muito)
Autorização

Instruções
Primeiro é preciso compreender e concordar com os três princípios. Embora não haja um escritório central ou uma diretoria, todo os grupos aderem a três princípios básicos ― Consenso, Não-Violência e Vegetarianismo. Consenso é outra forma de dizer que a organização não deve ser hierárquica. Comida, Bombas Não! não é uma caridade onde "nós" damos comida para "eles"; como uma organização livre, parte do seu propósito é fornecer às pessoas meios para fazer mudanças em suas próprias vidas, e romper as barreiras de classe, raça, gênero, idade, etnia. e todas outras fronteiras artificiais que mantêm as pessoas separadas umas das outras.
É uma oportunidade para as pessoas decidirem por si mesmas o quanto querem se envolver, a força do Comida, Bombas Não! vem das pessoas que o usam, dentro da idéia de consenso do grupo.
Um protesto prático onde se põe a mão na massa contra a violência da pobreza e da fome. Um estômago vazio é tão doloroso quanto um soco no estômago, fome crônica é tão nociva, tanto fisicamente quanto psicologicamente, quanto qualquer forma de tortura.
Pobreza e fome encurtam a vida, levam as pessoas ao vício, corroem o orgulho e a auto-confiança.
As refeições do Comida-Não-Bombas são sempre vegetarianas e frequentemente veganase existem diversas razões para isto.
A produção de carne é um processo inerentemente violento e portanto vai de contra a filosofia de não-violência, refeições vegetarianas como as preparadas pelo Comida, Bombas Não são mais saudáveis que refeições baseadas em carne, e servem como um exemplo prático de que a carne não é ingrediente essencial.
Refeições vegetarianas são mais baratas que as centradas em carne, então os recursos podem durar mais, e refeições preparadas sem produtos de origem animal são mais seguras e têm menor chance de estragar.
          Podes abordar qualquer mercado, padaria, restaurante, super ou hipermercado, apresentando-se como representante de uma organização de caridade, e pedir para ter acesso às suas sobras.
Tente duas vezes em casa estabelecimento, uma vez com a gerência e outra com os funcionários.
Se tu concordares com estes princípios estás pronto para iniciar o teu próprio Comida, Bombas Não!


Para mais informações e voluntariado:

comidabombasnaopt@gmail.com